quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ivete Sangalo: Um exemplo de artista, um show de simpatia

Qualquer jornalista ou estudante de jornalismo sabe (ou pelo menos deveria saber) que a premissa do jornalismo é a verdade, bem como a premissa da boa matéria jornalística é a imparcialidade. Peço licença aos colegas jornalistas e aos teóricos do assunto, mas a parcialidade tomará conta de mim neste relato.
Os que me conhecem muito, os que me conhecem pouco, e talvez até os que não me conhecem, sabem o quanto eu admiro a cantora Ivete Sangalo. E são vários os motivos: pela voz inigualável, pela alegria que ela transmite, pelo jeito único e irreverente de ser, e, sobretudo, pelo trato que ela tem com seu público.
Só para constar: eu não faço parte de nenhum fã clube da cantora. Apenas admiro e acompanho seu trabalho, além de torcer pelo sucesso, sempre. Digo mais: a paixão pela cantora ultrapassa gerações na minha família. Mãe, irmãs e sobrinhos babam Ivete Sangalo.
Pois bem, vamos ao que interessa: na segunda-feira de Carnaval, resolvi sair da toca e ir no circuito Barra-Ondina conferir o que tava rolando por lá. Na verdade eu fui para Ondina, já no final do circuito, ali na avenida Adhemar de Barros. Estava com minha mãe, uma das minhas irmãs e minha sobrinha Cecília (de 2 anos). O fato é que nós estávamos hospedadas praticamente no circuito e saímos do apartamento única e exclusivamente para conferirmos Ivete Sangalo de perto.
Bem afastadas da multidão que seguia Ivete, avistamos de longe a onça e o seu trio Demolidor. Era ela que tava chegando e sua voz já poderia ser ouvida e sentida de onde nós estávamos: ali no final, onde o artista diz tchau, estávamos nós. Minha sobrinha no meu ombro, esperava pra ver Ivete de perto. A cantora se despediu do público e foi para a lateral do trio acenar para alguns fãs que chamavam por ela. Entre essas vozes estava a de Cecília. Ela gritava “Bete, Bete”. E, embora tenhamos certeza de que ela não tivesse ouvido os gritos da pequena, ela avistou a menina de peruca rosa, sentada em meu ombro, acenando para ela. Imediatamente, ela veio em nossa direção (ela de cima do trio, nós da calçada) e acenou, brincou, soltou beijo para Ciça. Fez gesto de quem iria morder a menina e disse ainda que ela era muito linda. Pronto: nós que não havíamos pulado um dia sequer de Carnaval, ganhamos o dia, a noite, ganhamos o ano. Mas muito mais estava por vir. A diva da música brasileira pediu que um de seus seguranças nos levasse para cima de seu trio.
Alôôôô... ela apontou pra gente, cochichou com o segurança e em menos de um minuto nós estávamos em cima do Demolidor.
A uma altura dessas eu já tremia, já estava sem voz e Cecília estava lá: firme e forte, toda cheia de charme e de pose. Afinal, graças a ela estávamos ali. Ao entrar no demolidor e dar de cara com o camarim da musa, fomos recebidas pela simpaticíssima Cíntia Sangalo. Ela brincou com Cecília, beijou, abraçou e, quando Ivete descia do trio, em nossa direção, ela gritou: “Óh, Ivetinha, que coisa linda tá aqui.”
A mamãe do ano revidou com aquele vozeirão que só ela tem: “Eu vi minha filha, eu que mandei buscar”. Daí em diante foi só alegria. Daí em diante foram os cinco minutos mais lindos de todos os meus 26 carnavais: Ivetão pegou a pequena no colo, beijou, abraçou, conversou, tirou foto, brincou, saiu mostrando pro marido, pra todo mundo do trio e não se deu quando eu perguntei pra Cecília quem era a cantora preferida dela e ela respondeu: “É Bete, óh ela aqui, óh”. E Ivete não sabia se ria ou se chorava.
Infelizmente, a diva tinha outros compromissos e outras pessoas também a aguardavam no camarim do trio. E lá se foram cinco minutinhos inesquecíveis. Voltamos para casa felizes da vida e mais certas ainda de que Ivete é digna de todo esse sucesso. Ela não finge ser tudo aquilo que a gente assiste na Tv ou ouve no rádio. Ela é pura simpatia, atenção e carinho com os fãs.
Este relato pode parecer uma enorme besteira para muitos, mas para mim, é a mais pura e singela demonstração de carinho e um exemplo que deve ser seguido por aqueles que se dizem artistas. Ivete não precisa provar nada pra ninguém. Ela já alcançou tudo e mais um pouco. É, sem sombra de dúvidas, a maior cantora do Brasil na atualidade. Por isso eu digo que ela é um exemplo a ser seguido: exemplo de artista, de mulher “porreta” (como ela mesmo diz), de carinho, de atenção, de respeito com as pessoas que tanto lhe querem bem.
Hoje, ela talvez não lembre de tudo isso. Afinal, quantas pessoas ela beija, abraça, tira foto e atende por apresentação? O que ela precisa lembrar, ela lembra todo dia: é que ela tem que ter humildade, e isso, ela provou (pelo menos pra gente) que tem de sobra.
Enquanto isso Cecília segue dizendo pra Deus e o mundo que “Bete bezô na bochecha”. Eu, minha mãe e minhas irmãs seguimos ainda mais certas de que toda nossa admiração nunca foi em vão. A missão agora é encontrar as fotos (já que eu estava sem máquina e elas foram tiradas pelo fotógrafo da equipe de Sangalo).
Parabéns a Ivete Sangalo pelo jeito único de ser e pelo jeito especial que trata os que lhe seguem. Parabéns à equipe tão preparada e tão atenciosa. Parabéns à Bahia pela artista que tem. O carnaval de 2010 vai entrar para a história (ainda que eu só tenha aproveitado alguns minutos dele).




P.S.: Só p constar, o link de um vídeo com Ciça cantando um trecho da música "Na base do beijo": http://www.youtube.com/watch?v=U1zLhcHISng



4 comentários:

  1. Felicidade mesmo é algo meio utópico... a gente vive e sobrevive de momentos alegres e inesquecíveis, como esse que vc e parte de sua família viveram... não acho o post bobo não... vc tem mais é que registrar esse momento sublime mesmo e quanto à definicão de Ivete, fico com a de minha filha que é bem objetiva e sem meias palavras: "Ivete é Ivete"! hehe

    Beijos!!!

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  2. Adorei esse post...parabéns!! Ja add seu blog aos meus favoritos!! www.sobretudosa.blogspot.com, esse é o meu!!

    Ivete é shooowwww !! Concordo...
    Bjao
    Larissa

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  3. Sua sobrinha com certeza deve ser a fofura em forma de gente (ou seria de "projeto de gente"? hahahaha)

    Nunca gostei do estilo da Ivete, porque o tipo de música que ela canta não me agrada. Mas por muito tempo fui "neutra" em relação a ela. Depois, há uns anos, ouvi uns relatos de duas fãs conhecidas minhas que foram pedir autógrafo e foram destratadas por ela. Isso criou uma certa antipatia em minha cabeça, em relação a Ivete.

    Se ela estava de mau-humor, TPM ou sei lá o que no dia do acontecido com as meninas, eu não sei. Se ela era mais chatinha antes e agora está mais madura e melhor, também não sei.

    Mas fico contente em ouvir relatos como o seu, porque ela é uma artista baiana. E se esta for a postura que ela tem mantido constantemente ao vai pelo Brasil, está então levando uma boa imagem da Bahia e dos baianos País afora. :-)

    Bjo!!

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  4. Pois é Cris,
    a imparcialida nem sempre pode ser nosso norte, não é mesmo?! O post está D++++... Ivete é única! E sua Ciça é lindaaaaa!!!

    Bjão!!!

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