segunda-feira, 24 de agosto de 2009

TINHA TUDO PARA SER PERFEITO

Não é de hoje que eu já não tenho mais, digamos assim, tanto “tesão” em ir pra shows. Como eu mudei! No auge da minha adolescência, quando mainha brigava pelo simples fato de eu querer sair todas as noites para barzinho, boate, shows e afins, eu sempre respondia que meu pique jamais acabaria e que eu nasci pra farrear. Ledo engano.
Não sei exatamente o porquê, mas sei que as festas e farras já não teem mais a mesma “graça”. Tudo bem! Eu admito que tô ficando velha, que já fiquei pra titia, mas no último sábado eu cheguei à conclusão que os organizadores de festas também teem lá sua parcela de culpa pelo meu desinteresse em perder noites, mesmo que ao som de bandas maravilhosas, como Diamba, Skank e Chimarruts.
Pois bem, vamos aos fatos: Posso até tá ficando velha, mas os hábitos quando penso em sair são os mesmos: preocupação com a roupa, com a make-up, com o sapato (sempre preso pelo confortável, sem sair do casual, lógicoooo - isso eu aprendi com a Glória Kalil) rs.
Roupa, sapato, maquiagem perfeitas; ingresso na mão; marco com os amigos às 22hs, já que anunciaram que a festa começaria às 21hs... Entro na festa às 22h30 e a primeira banda inicia o show à meia-noite. A essa altura, eu já tinha consumido as 5 latinhas a que tinha direito (agora eles inventam isso de área vip ter direito a 5 latinhas de cerveja – cervejas que custam 30 reais a mais que o valor do ingresso pista- Mas tudo bem, queria mesmo curtir Chimarruts bem de pertinho, então vumbora pagar 60 conto pelo ingresso, sem dó já que a festa tinha tudo para ser perfeita: as melhores bandas, na melhor casa de show de Feira e a certeza de um público seleto, jovem e bonito.
Skank foi a primeira banda. Nunca morri de amores pelo grupo, mas nunca fui indiferente quanto à musicalidade deles. Os caras sabem fazer um bom som, mas o show não me agradou, sinceramente. Parecia que eu estava ouvindo o Cd em casa.
Depois de uma hora e meia de intervalo de uma banda pra outra (Isso mesmo! 1 hora e meia!), eis que surge, não sei de onde uma tal de uma banda “Via Circular”. Um show morno, nem bom, nem ruim. Gostei do pout-porri de pagode que eles jogaram. Rsrs
O que mais me chateou foi a demora depois da Via Circular... Chimarruts subiu ao palco já às 5h30 da matina de domingo. Um desrespeito à banda (que se apresentou pela primeira vez em Feira de Santana) e ao público seleto dessa galera que sabe fazer um bom reggae. Resultado: quando eles subiram no palco, mais da metade do público presente já tinha ido embora. E eu, que fui ao Clube de Campo Cajueiro só para assistir Chimarruts, fui embora após ouvir uma única música (àquela altura, o corpo não respondia mais: sereno, frio, dor nos pés, e cansaço).
Mas a falta de organização da festa não para por aí: a banda Diamba, também anunciada para o show, não subiu ao palco. Por quê? Simplesmente porque os caras não iam fazer show pra meia dúzia de pessoas. Lamentável isso.
E, uma festa, que tinha tudo para ser perfeita, acabou entrando pro rol dos eventos desorganizados e fracos de Feira de Santana.
O público de Feira não merece esse desrespeito. E eu, como cidadã feirense e formadora de opinião, deixo aqui o meu protesto: Esse Eraldo Souza (ES Entretenimento) deveria tomar vergonha na cara e parar de se meter a fazer o que não sabe, e prometer o que não pode cumprir. Afinal, essa não é primeira vez que ele anuncia banda que não se apresenta.

terça-feira, 11 de agosto de 2009

ONDE ANDA O INTERESSE DOS JOVENS PELA POLÍTICA?

Há algum tempo atrás, não recordo com exatidão em que época, o nosso Presidente da República, Luiz Inácio “Lula“ da Silva, disse que os brasileiros só sabem reclamar, mas não fazem nada para mudar o cenário que os incomoda. Hoje me deu uma vontade súbita de escrever sobre esse assunto, e inevitavelmente, vem a lembrança do movimento intitulado “Caras Pintadas” (no qual os jovens brasileiros foram personagens fortes para a retirada de Fernando Collor de Mello da Presidência da República). Seguindo a recordação, vem o questionamento: Por que depois do “Fora, Collor” não vimos mais nenhum grande movimento político desses cidadãos brasileiros? Onde anda o interesse dos jovens pela política? O que mais me preocupa é que a falta de caráter de alguns políticos, acaba ocasionando na descrença dos jovens quanto a política. Enquanto cidadão clamo aos jovens da Bahia e do Brasil uma participação mais efetiva no cenário político atual. Em tempo: participação é diferente de manifestação violenta e agressão gratuita. A manifestação é um ato democrático que o brasileiro deveria se acostumar a praticar, mas manifestar não é usar da violência, e sim, mostrar de forma pacífica a vontade de mudança. É ruim ter que admitir que a participação dos jovens na política nacional restringe-se hoje aos livros de história, e que, atualmente, jovem que gosta de política é coisa rara. Apesar das desilusões com partidos e candidatos, a cada dois anos temos eleições e quase 15 milhões dos eleitores têm entre 16 e 20 anos de idade. Mas, pasmem, segundo a Unicef, a juventude brasileira considera os partidos políticos importantes, mas prefere não participar de uma legenda por não gostar de política. É importante ressaltar que a participação dos jovens ajuda para qualificação do sistema político brasileiro. É preciso levar em consideração as novas ideias do publico jovem para garantir o verdadeiro papel na sociedade, caminhando para um futuro melhor. Penso que jovens alienados e passivos sempre existiram, assim como jovens conscientes e politicamente atuantes. O que o Brasil precisa é de jovens independentes, críticos e formadores de opinião.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

ENQUANTO O GAROTO PROPAGANDA ANDA APRESSADO, O GOVERNO VAI AO RITMO DA "WAGAREZA"

É devagar, é devagar, é devagar, é devagar, devagarinho....” . Essa poderia ser a música para melhor definir o ritmo da atual administração do governo da Bahia. Prova maior disso foi demissão do então secretário da Educação, o professor Adeum Sauer, noticiada nos principais meios de comunicação do Estado. Embora a assessoria do governo insista em afirmar que tal atitude de Wagner ser por conta de “ajustes administrativos”, e que nada tenha a ver com as tais “tirinhas” de humor de uma revista da Secretaria destinada a professores (em que o personagem Chico Bento, da Turma da Mônica, fala um palavrão), o que se ouve nos bastidores é exatamente o contrário.
É hora de atentar para a opinião pública, quando se afirma que a educação na Bahia vai de mal a pior. Aliás, já passou da hora. Como é possível o então governador demorar dois anos e sete meses, isso mesmo, o governador Wagner levou dois anos e sete meses de seu mandato para perceber a ineficiência de um de seus secretários.
A causa da queda do secretário pode ser relevante, mas não tão quanto os constantes contratempos a que a população baiana tem vivenciado nos últimos dois anos: em pleno mês de agosto, segundo semestre, ainda há escolas sem professores; em todas as regiões do estado existem professores sem receber salário desde fevereiro; falta material escolar, infra-estrutura e qualificação aos professores. Em quase três anos de governo não existe sequer uma escola que tenha sido projetada, licitada ou construída pela atual administração.
Quem tem boa memória pode recordar as propagandas que o governo veicula com um rapaz andando a toda velocidade afirmando que a educação na Bahia anda às “mil maravilhas”. Depois de tanto dinheiro gasto com publicidade, o governador resolve voltar atrás e admitir que irá mudar o perfil da educação. Ora, se ele vai mudar, presume-se que algo não vai bem. E tem mais: manchete da Tribuna da Bahia de 05/08, afirma que “Governo justificou mudança baseado na necessidade de dar novo dinamismo à educação na Bahia.” Pelo visto o governo concorda que a educação na Bahia esteja mesmo devagar quase parando. E quanto a propaganda.... era só propaganda mesmo. O ator anda rápido e o governo tropeça em suas próprias pernas.
É isso!